sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
8
Sempre acabo nesse papo clichê a respeito do tempo que está passando muito rápido, já estamos no final de janeiro, assim não dá, o fatalmente que resulta em um post melancólico, baixo-astral, deprezão mesmo.
Mas fazer o quê? É verdade! O tempo voa e a gente nem vê.
Não tenho mais tantos problemas quanto eu tinha em relação à idade e a prazos para a vida. Ainda acho, é claro, uma crueldade saber que, se tudo correr bem, lá pelos 80 você estará iniciando a fase de despedida. Ando até tranqüila em relação a isso. Estou entendendo melhor o que a idade me traz, estou curtindo essa coisa de definir a vida, de querer investir no profissional, de acabar logo com essa fase colegial que a universidade teima em manter viva com seus professores rabugentos e suas baixa generosidade em temos de notas, de fazer planos consistentes, de comprar sofá e geladeira, de já dividir quem vai limpar o quê quando estivermos morando juntos, de sentir um arrepio pensando no que virá, de sentir um medo absurdo da independência e também de sonhar com ela dia e noite, de querer querer querer e finalmente ter possibilidade de conseguir, de fazer acontecer.
Estou feliz hoje, estou empolgada com a vida, o dia está finalmente lindo lá fora, é sexta-feira e eu nem preciso dizer o quanto isso é bom, meus pensamentos fluem todos numa corrente totalmente do bem e, apesar de não ser exotérica nem nada, gosto muito do número 8 que o ano traz, suas formas redondas, inteiras, intensas como uma pista daqueles carrinhos de brinquedo que o meu irmão tinha, que apesar de passarem por ela muito rapidamente, não acabam nunca de passar.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
"A chuva já passou por aqui
Eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?"
(trecho de Santa Chuva, Marcelo Camelo)
Hoje chove. Chove muito. Foi um início de ano agitado. Enérgico. 2006 chegou, invadiu, tomou conta e veio, espero, para ficar.
Hoje chove muito e foram muitos dias de seca. Sol seco, Porto Alegre seca, água não seca, mas com gosto de seca, um gosto ruim que não desce, que não dá pra engolir.
Mas veio a chuva e hoje chove muito. A janela convida para a chuva. Para caminhar sob ela, para enrolar-se, envolver-se nela, para molhar-se até a alma.
Delícia de chuva lavando 2006.
O ano começou muito bem, obrigada. Uma linda festa de ano-novo com a família e o amor e férias maravilhosas com as mesmas pessoas, num paraíso catarinense chamado Ibiraquera. Dez dias de sonho, com o tempo perfeito, entre o mar e a lagoa. Dias regados a sol, noites regadas à Bohemia (enquanto ainda tinha). Risadas (all the time), rede, areia (muita areia, areia por todos os lados), trilha do Rosa com toda a trupe (nada poderia ser mais cômico), beijo de meninas (hihihihihi), Garopaba (o jantar histórico), pai, mãe, Nati, Nívea, Sílvia, Guilherme, Léo, Du, Wag (família ê família a), Caio lindo, caiaque (descobrindo talentos náuticos), tiozinho que não parava no caiaque (lembra Du?), conversas infinitas, vacas assassinas (corre Nati!), brigas (parte do todo), dormidas depois do almoço (que delícia), amendoim com açúcar (outra delícia), sinuca, sorvete, palavras-cruzadas (o máximo do desafio possível para o cérebro em férias), reencontros, despedidas, marquinha de biquíni (arduamente conquistada), restaurantes que fecham à meia-noite (não faz mal, né moi, a gente vai pro outro!), vento, vento, vento (meu Deus como ventava), frescobol (não dá pra abandonar o esport, né? hihihihihihi), mergulhos na lagoa escaldante, L de looser, fugas da Kika pra casa do vizinho bonito dos fundos (aeeee Kikão, dando uma força pras tias!), chimarrão (noite e dia), cocada quente (e quem espera?), barriguinhas (minha e do Caio versus as da galera sarada de Ibiraquera), beijinhos (hum), denguinhos (hummmm), Augusto dos Anjos (pra dar impacto), Los Hermanos (trilha sonora by Nati), garçom que não me deixa beber (não quer um suquinho?), xixi nas calças (não disse que a trilha do Rosa era cômica?), camarão até dizer chega, coisa boa até não poder mais.
Mas acontece que ainda pode mais.
Na volta pra Porto Alegre, duas formaturas especialíssimas: Tati e Mell, amigas do sonho de qualquer um, formadinhas, prontinhas pra vida, lindíssimas nos seus respectivos dias.
E o Caio firme, curtindo tudo - na balada - como ele adora dizer, de uma vez por todas todo meu.
Tudo de bom assim, bem no início, logo de cara.
E hoje essa chuva linda abençoando tudo.
Mais uma vez, então: que venha 2006!
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