segunda-feira, 25 de setembro de 2006
CONTAGEM REGRESSIVA
Última semana, momentos decisivos, pura tensão. Tensão, sim, mas não por ansiedade em eleger ou não meus candidatos. Eu não tenho candidatos. Últimas semanas, momentos decisivos e eu ainda não sei em quem votar. Sei em quem NÃO votar, mas hoje, isso já não facilita em nada, pois as alternativas formam um páreo duro.
Essas eleições estão estranhas e surpreendentes. As ruas estão relativamente calmas, relativamente limpas, relativamente respiráveis. Os carros quase não carregam adesivos... Ninguém mais se arrisca, ninguém mais dá a cara à tapa para defender um fulano que amanhã pode - e vai - ser motivo de arrependimento e vergonha. Nada de bandeiras, camisetas e broches no peito. O voto nunca foi tão obrigatório. A política nunca foi tão feia. O sonho nunca foi tão pisoteado.
Sem maiores críticas para esse e aquele lado, o que penso é que, ao menos, o povo está unido; na tristeza e na desesperança, mas está unido; na raiva por toda essa sujeira vigente, mas está unido; na sensação de fim da linha, mas está unido. Esse momento derradeiro não pode ser de todo mau. Algo TEM que estar para acontecer. E a mudança tem que vir do povo, pois dos políticos, já está óbvio que não vêm. Eles não mudarão em relação a nós. A saída só pode ser uma: nós mudarmos em relação a eles.
Cobrar, cobrar, cobrar. Não podemos ser meras vítimas, meras conseqüências, meros resultados de tudo o que acontece lá em cima. O povo tem que atuar. O povo elege; o povo cobra de quem elegeu. É simples e óbvio. E não tão difícil de fazer. Vote em quem você conhece, em quem você tem contato, em quem você sabe onde encontrar. É o mínimo que podemos fazer: acompanhar de perto.
A mudança começa no primeiro passo.
Ótimo site divulgado pela Zero Hora: POLÍTICOS DO BRASIL. Lá tem um pouquinho de cada um. Vale a pena conferir.
E boa sorte para todos nós! Boa sorte para o Brasil!
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Quando sozinha, vem a vontade de escrever. É todo mundo sair, é o silêncio entrar pelo cano do ar condicionado - acompanhado pelo barulho do próprio ar condicionado, é o Universo encarnar na minha alma, que automaticamente abro o Word e fico desafiando a folha em branco enquanto a folha em branco disfarça.
Será que escrever é não sentir solidão? Será que solidão é fruto do silêncio? Será que o silêncio faz escutar o interior? Será que o interior quer ser escrito?
O que sei é que umas poucas linhas já acalmam o desvario.
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