11.7.07

arquivos novembro 2006

sábado, 25 de novembro de 2006

O final dos tempos se repete a cada dia,

não há paz
nos infinitos cantos do mundo.

Já pensou em deixar a criança sair?

Não. Não pensou.

Não se pensa mais em liberdade,
agora só se pensa em voltar.

Entrar e fechar bem a porta, eis a verdadeira aventura,
o prazer alucinógeno de viver.

Estendo minhas duas mãos para ti e peço para que sentes ao meu lado
no sofá encardido
sob o quadro falso
ao som da novela
nos basta.

Quem sai, agora, é o invísivel que mora no sonho;
E aqui dentro ficamos a brincar.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Fiz pão
do sal destas lágrimas todas
do resto de farinha que ficou na despensa

do fermento vencido
E esquecido

Fiz pão
amassando como fazia com tuas coxas e nádegas
Com tuas costas

Cravando dedo a dedo para machucar

Fiz pão
E comi inteiro sozinha
Não dividi com ninguém a minha metade que ficou

Fiz pão para acompanhar teu café passado.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

... você não está entendendo quase NADA do que eu digo eu quero ir embora eu quero dar o fora e quero que você venha comigo TODO DIA TODO DIA ...

tive momentos mágicos com Chico e Caetano,
no bus lotado, no embalo do trânsito, de volta para casa após uma tarde insana de trabalho,
nem me importei de estar em pé,
em pé com Chico e Caetano
não fica com ciúme, não

era o Chico e a gente combinou: o Chico pode pode, né?

nem pensei no calor - e estava tão calor
nem pensei no cansaço - e estava tão cansada
nem pensei naquele monte de coisas que tenho que pensar - deixa pra lá

era o TR61 com Chico e Caetano
quantos têm essa honra?

Chico e Caetano cantando assim, ao vivo, pra mim
(até me balancei lentinho, pra ninguém notar, pra acharem que era culpa da curva)

era o Chico,
o Caetano,
o horário de verão

coisa mais boa sair do trabalho e ainda ser dia
- e ainda ter vida
coisa mais boa ir pra casa tão bem acompanhada

enquanto tu não vem
enquanto o sol não se põe inteiro
enquanto não amanhece de novo

na tua falta,
o Chico pode, né?

a gente combinou

VEM DAR O FORA COMIGO

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não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]