10.11.11

pisada

A primeira manhã cinza dos últimos dias abriu a minha janela e eu aceitei porque a vi se formar no vento furioso da minha insônia. Apaguei a vela e dormi sabendo que acordaria fria e cinza e calma. Quero este dia cinza, quero ser cinza e me lançar mundo afora. Mesmo que nunca mais me reconstrua e volte. Mesmo que me disperse pelas calçadas da minha cidade, sob os pés da minha cidade cinza de todas as cores, minha cidade alta de onde eu vejo o sol.

Ainda nem havia faltado luz.

Um comentário:

  1. Tarde cinza, agora!
    Quinta-feira.
    Calor intenso na rua.
    Verão.
    Aproxima-se fim de ano...
    Aproximo-me aos poucos dos teus escritos, depois de descobri-los.

    Abraço.
    aarp
    22 de dezembro de 2011

    ResponderExcluir

Coisa boa saber tua opinião.

não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]