8.9.11

noturno

Eu, o outro, deslizo, muda, mudo, dentro e além, quero não querer e é minha palavra final. 
Quebrada a mulher, me refaço mulher.


Eu disse: as malas. 
As roupas não sairão das malas.  
Não disse?

Porque cheguei à noite, e agora a noite é minha de volta. 
Eu que nasci lua. Eu que me perdi no céu. Eu que absorvi o sol e refleti a dor. 
Piso descalça a terra à noite e nada é mais silencioso e ruidoso e meu do que esse frio.

2 comentários:

  1. Nooooossa, Camila!!! Tu tá produzindo muito!!! Ô fase de inspiração boa! Parabéns! Adoro! Sigo adorando. Eternamente tua fã e leitora. Beijão!

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  2. Nossa! Fiquei sem palavras...muito show!

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Coisa boa saber tua opinião.

não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]