26.11.10

folhinhas

Pouco importa que o dia acabe. Mais um. Menos um. Não conto a vida por dias. Conto por dores. Lembro a dor, sei o dia, e quantos anos. Noite e olhos fechados são a mesma coisa. Conto os medos. Um, dois, três, todos os medos que tenho fazem minha vida.

Não sou imune. O medo me devora e é assim que sei o quanto já fui.

5 comentários:

  1. Forte. Pungente.
    que sabemos de nós senão o que nos marca?

    Beijos!

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  2. ao te ler me veio um clássico do belchior: Eu tenho medo e já aconteceu...Forte e denso. meu abraço carinhoso e muita felicidade, Camila.

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  3. Oi. Não me pergunta como eu cheguei aqui, pouco importa. Importa que senti vontade de partilhar um pouco disso. Embora o medo seja um sentimento tão ruim e (auto) destrutivo, qualquer coisa que seja vivida tão intensamente deve ser contemplada. Também lembrei de uma música: Dor Elegante. É "linda, ainda que tristeza".

    Mas não faz do medo teu senhor, não sê tão presunçosa a ponto de achar que alguma coisa é responsável por qualquer sofrimento teu. Tu és responsável por tudo na tua vida, até pelos teus medos.

    "Ou não" (caetaneei)

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  4. beijo pra ti também, querida, e saudades

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Coisa boa saber tua opinião.

não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]