11.7.07

O novo Mulher de Sardas e o novo Casal de Sardas


Blog é um espaço pessoal, onde a gente pode fazer de tudo. Já tentei dar vários ares para o meu blog... Já tentei definir sua cara, seu papel, sua vez e sua voz neste mundo virtual. Mas não dá. O meu blog é tão meu que chega a ser eu. E eu sou assim.

Portanto, aqui está o Mulher de Sardas de cara nova, assim todo céu em noite estrelada.

E o primeiro post feito especialmente para o novo Mulher de Sardas também fala sobre mudanças.

Sobre as minhas mudanças.

Quando eu conheci o Caio, estávamos iniciando a faculdade de Letras. O destino quis nos colocar na mesma turma de Lingüística I. Desinteressados do significado acadêmico da Língua, partimos para o bom proveito da língua. E começamos a namorar.

Quando eu e o Caio começamos a namorar, eu ainda era uma mulher de sardas e não a Mulher de Sardas. Mas o primeiro presente que ele me deu foi um livro das poesias de Alberto Caeiro. E a literatura que andava tirando uma soneca aqui dentro despertou.

Assim, criei o Mulher de Sardas. Timidamente, comuniquei ao Homem da Mulher de Sardas quem a partir dali ele seria. Ousadamente, comuniquei ao mundo o meu nascimento.

E o Mulher de Sardas foi tomando a cara sardenta que ele tem hoje. Muita gente tirou um sarrinho. Normal, todo mundo que tem sardas e outros tipos de diferenças sabe como são essas coisas.

O Mulher de Sardas cresceu. E eu e o Caio também. Não, não viramos adultos de repente. Não viramos sérios, responsáveis e coerentes. Ainda somos dois colegas paquerando escondidos no meio da aula. Ainda enlouquecemos quando não tem ninguém olhando. Ainda discutimos assuntos indiscutíveis e realmente nos magoamos por causa disso. Ainda nos provocamos com piadinhas insolentes. Ainda nos jogamos papeizinhos. Ainda fazemos umas safadices atrás do muro da escola. Ainda colamos nas provas. E ele ainda puxa as minhas tranças.

Mas hoje o Mulher de Sardas tem três anos. Eu e o Caio temos quatro. Hoje eu já sou formada. Dei o primeiro passo. Saí da escola e caí na vida. Mas não andei muito longe. Fiquei esperando por ele. Aprendi, neste tempo todo, a não me afastar muito. A ficar por perto. A não perder de vista o que eu mais gosto de ver.

E então ele veio. Ontem o Caio apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso. E foi muitíssimo bem, obrigada.

Aí está. Concluímos a nossa primeira fase: o namoro que se forma com distinção.

Agora damos o novo start. Eu, o Caio e o Mulher de Sardas. O namoro agora ainda é namoro mas já vai tomando a forma de tudo o que virá nos próximos posts.

Caio, a idéia principal de toda essa lengalenga é dizer que esta Mulher de Sardas aqui e este seu humilde blog podem não ser grandes coisas ainda, mas tudo o que são vêm deste nosso encontro improvável de estilos e inevitável de almas. Adoro saber que me lês; eu procuro recitar palavra por palavra para ti. E é nessa premissa que baseio a minha evolução.

Quando eu te vi a primeira vez, te achei divertidíssimo de bigode português e camiseta dos Mutantes. Meu Deus, era meu princípe encantado, e eu ali achando a maior graça.

Ainda bem que todo punk-hippie-cool tem queda por patricinha.

Parabéns pela tua formatura, meu amor. Eu te amo.

3 comentários:

  1. Conheci seu blog hoje, em busca na net de "Alberto Caeiro". Pareceu-me interessante. Porém, se me permite uma opinião de míope, este fundo preto com eltras miúdas, brancas e verdes é um sofrimento para leitura. Pode ficar bonito, mas péssimo para quem lê.

    Um abraço

    Sofia

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  2. parabéns pela nova casa! está muito bonita.

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  3. Um dos acréscimos que se põe em uma mulher que para alguns não é qualidade mas prá mim vislumbra um retoque em sua beleza, são sardas. Eu acho a coisa mais linda.

    Desculpa entrar assim no teu blog, é que acessei à Claudinha e te vi lá estampada e decidi fazer isso, um hábito que tenho e tem dado certo até agora, afinal trata-se de um convite para que vejas as minhas poesias, meus devaneios.
    Um beijo
    Naeno

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não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]