- Vem me dizer que não é medo? Dá tua mão, coloca-a aqui, aperta-a contra o meu peito. Sente sob tua palma o meu coração selvagem. Já viu, antes, este sacudir? Diz agora que não é medo. Diz.
- Brinquei contigo. Só isso.
- Diz! Que não é medo esse desespero de ver o ano chegar com tudo o que vem nele. O sonho. O sonho inteiro. São vinte anos sonhando. E o sonho chegará todo de uma só vez. Dá tua mão aqui e ri ainda. Mas não diz que não é medo. Não diz que não posso sentir.
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