2.8.07
abduzida em plena quarta-feira
Nostradamus
Alexandre Brito/Ricardo Silvestrin/Ronald Augusto - OS POETS
Nostradamus morreu
isso ele não previu
viu o que ninguém viu
coisas do ano 3.000
que em nada lhe serviu
bombas, papas, terror
tudo sem televisor
viu o que ninguém viu
coisas do ano 3.000
que em nada lhe serviu
por isso agora
eu não quero nem olhar
para frente e nem pra trás
quero viver a minha história
sem futuro e sem memória
só o sol, a lua e o mar
água, terra, fogo e ar
respirar, caminhar
não procurar.
Ontem, fui convidada pela minha querida-amiga-Mecânica-da-Palavra-Isabel-Cristina-CCarvalho para assistir aOS POETS, na Livraria Cultura. Ronald Augusto, Ricardo Silvestrin e Alexandre Brito formam o grupo e eu teria um milhão de coisas para falar sobre eles, coisas que eu descobri ou pelos amigos, ou pelo site, ou pelo show. Então, resolvi dar essa barbadinha para vocês, meus amados blogueiros: faço o papel da amiga que indica; dou o link dos caras e, o resto, tratem de verificar pessoalmente nas primeiras quartas-feiras do mês, lá mesmo, na Cultura. Quem mora longe pode curtir o site do grupo e o clipe do You Tube. Sério: é muito bom.
É o tipo de coisa que desce redondinho e faz você gostar desde o primeiro momento. Delícia de violão, delícia de voz, delícia de letra, delícia de som. E, ainda, delícia de clima. Bem na quarta-feira, quando a semana está a recém na metade, quando você sabe que amanhã vai cair a maior chuva, quando a gripe está pegando, quando você ainda não recebeu, quando você sai de casa na maior obrigação com os amigos porque a noite tinha tudo para ser aspirina-e-cama.
Daí você chega lá e os caras cantam que dentro de cada poETa tem um ET. Daí você entra na nave e é abduzido. Daí você volta pra Terra maravilhosamente mais alien do que já era.
Simples assim. Amei.
Além da minha abdução e de algum outro espectador estreante, ainda acontece, em cada apresentação, a de algum famoso. Ontem, lá pelas tantas, apareceu o Júlio Reny, dos Cowboys Espirituais, cantando uma música em homenagem à cerveja nossa de cada dia. Foi legal, embora eu não seja do tipo que descarregue contas, trabalho e frustrações amorosas num choppinho - e nem pretendo fazê-lo quando tiver a idade dele – fiquei pensando que eu devo louvar mesmo é esse povo de Porto Alegre, que me proporciona coisas como uma noite pra lá de gostosa, em plena quarta-feira, num lugar lindo, tranqüilo e seguro, num horário maravilhoso ao preço de 1 kg de alimento não-perecível. Quer vício mais em conta?
E, ah, não esquecemos a tragédia do avião, apenas estamos vivendo.
Créditos deste post e da quarta-feira abduzida:
Os Poets
Livraria Cultura
Os Mecânicos da Palavra
Isabel CCarvalho
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não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]
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